O deputado federal e candidato a prefeito de João Pessoa, Ruy Carneiro (Podemos), há semanas que tenta emplacar a narrativa de que João Pessoa está sob o comando do crime organizado e do tráfico de drogas. Nesta quarta-feira (11), ele elevou o tom e atacou a Polícia Militar, além de emparedar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), ao querer impor tropas federais para as eleições na cidade. Prerrogativa exclusiva da justiça eleitoral, formada por homens e mulheres de bem na Paraíba e tendo à frente uma mulher destemida como a desembargadora Agamenilde Dias Vieira.
Porém, foi em fevereiro deste ano que Ruy Carneiro foi condenado a 20 anos de prisão por peculato, fraude e lavagem de dinheiro pelo Caso Desk. Ele, enquanto secretário de Esportes, Juventude e Lazer da Paraíba (Sejel-PB), em 2008, no Governo Cássio Cunha Lima, realizou compras de 5 mil cadeiras com encosto e 42 mil sem encosto, com dispensa de licitação, para o Estádio José Américo de Almeida, mais conhecido como 'Almeidão', em João Pessoa.
Mesmo sem ter passado limpo, Ruy já havia feito seu escarcéu na Polícia Federal no primeiro dia oficial da propaganda eleitoral de rua, no caso do evento no circo do Palhaço Pipoquinha, que acabou não acontecendo após o dono perceber que se tratava de evento político e ele havia cedido o local para evento cultural. Com a negativa do palhaço, Ruy compartilhou nas redes sociais de que o crime organizado teria impedido o evento.
Agora Ruy tenta armar o circo de novo e, para o picadeiro, teve a companhia de mais dois palhaços. Com todo respeito que os nossos artistas circenses merecem.
* Por Pedro Fortunato
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