A campanha para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Paraíba tem enfrentado críticas crescentes em relação ao uso de influências políticas. Uma das principais questões levantadas é a presença de Jairo Oliveira na chapa de Harrison Targino, uma aliança que, segundo diversos advogados, contradiz a promessa de uma OAB livre de partidarismo.
Jairo Oliveira, conhecido por sua forte atuação política como presidente do PSB em Campina Grande, não aparece nas divulgações públicas da campanha de Harrison, gerando dúvidas e questionamentos sobre essa escolha.
Em suas falas, Harrison Targino insiste que quer “proteger a OAB dos interesses externos”, mas a escolha de um parceiro com um papel político tão expressivo parece caminhar em outra direção. Para ele, a solução para combater o partidarismo é, curiosamente, inserir mais partidos no cenário da Ordem, o que está gerando insatisfação entre muitos profissionais do direito. “É como querer apagar fogo com gasolina. O que a nossa classe espera é uma postura de independência real, não mais do mesmo”, disse outro advogado insatisfeito.
A tentativa de manter a imagem de Jairo Oliveira fora da mídia pode ser uma estratégia para evitar a associação explícita entre a OAB e os interesses políticos. No entanto, o público quer transparência. Se Harrison deseja ser visto como um candidato comprometido com a imparcialidade e a autonomia da Ordem, esconder as alianças não é o melhor caminho.
A advocacia campinense clama por uma OAB que se distancie de interesses partidários e represente, acima de tudo, a classe e a sociedade.
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